Experiência de Marca

Nem bom, nem ruim...É o que a vida me dá. E fim

Refletindo e lendo coisas por aí, acredito que profissionais de eventos devam estar atentos aos mercados que estão em atividade intensa ou até mesmo mediana.

Neste momento maluco que o mundo está vivendo, cada um reage de uma maneira diferente. Afinal de contas, confinamento, perdas materiais e afetivas, metas comprometidas, investimentos suspensos, abstinência social e até sexual, fica difícil manter o bom humor e a esperança, mas entendo que a nossa única saída é a perseverança.

Quero crer que a frase icônica de Churchill “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.” seja o melhor slogan que profissionais de qualquer área devam se apegar, mas por onde começar?

Refletindo e lendo coisas por aí, acredito que profissionais de eventos devam estar atentos aos mercados que estão em atividade intensa ou até mesmo mediana, que seja; inclusive, em função da pandemia. 

Pois talvez, estes estejam mais suscetíveis e necessitados em investirem em treinamentos, ações educativas e de endomarketing, programas de relacionamento e fidelização, lançamento de produtos e eventos institucionais, mesmo que agora sejam virtuais ou híbridos, e, brevemente, com os presenciais limitados. 

Analisar as indústrias e seu cotidiano atual, pode ajudar a encontrar potenciais clientes para ações de eventos. Por exemplo:

· Indústria de plástico: Embalagens para entregas e e-commerce e/ou as de uso único como solução nesse momento de super higiene;

· Moda: Em alta as roupas de dormir, blusas, pantufas, chinelo e fitness, sem falar nas máscaras do dia a dia e até mesmo fashion que vem surgindo por aí; 

· A&B: Com o grande volume de delivery ou com mais tempo para cozinhar e explorar os dotes culinários ou uma maneira de ganho alternativo para muitos, os mantimentos e utensílios de cozinha estão vendendo mais;      

· Artesanato: Seja como hobby, passatempo, terapia ou uma alternativa de renda trazendo uma corrida por materiais de trabalhos manuais;

· Arquitetura  & Decoração: Adaptação dos espaços domésticos pela estada contínua (reformas e design de interior), home-office (mobiliário/equipamentos ), mais tempo em casa (churrasqueira, poltronas, estantes, porta bike,…), alternar entre casa da cidade e a casa de campo ou praia, sem falar na necessidade ou desafio do “faça você mesmo” (tinta, furadeira, marchetaria, marcenaria…);

· Entretenimento: Assinaturas de plataforma de vídeo/jogos, jogos de tabuleiro e eletrônico, bicicletas, skate, instrumentos musicais, etc. Tanto incrementando o que já tinha ou iniciando novos lazeres devido à limitação trazida pelo confinamento.

Vocês poderiam contrapor que mesmo nesses mercados, existe um outro lado não tão “cor de rosa” assim, como o fato da indústria do plástico, com essa “liberdade” de intervenção, como salvadora em protocolos sanitários dessa era pandêmica, trazendo um alto consumo que gera muito mais lixo e impactando fortemente o meio ambiente, sendo que, nesse caso, a reciclagem é bem mais difícil.

Aqui também pode existir a contribuição de eventos técnico-científicos, com debates, instrução, certificação, trazendo informação e possíveis soluções inovadoras para este problema também. 

Já na área da moda, com dificuldade de vender roupas, calçados, alta costura, já que todos estão sem sair, com pouco dinheiro e sem ter baladas para “desfilar” ou os restaurantes e bares que com o número reduzido de área para atuar, investimento em reformas, crise de confiança das pessoas de saírem  e menos clientes dispostos a pagar, ambos encontram em promoções e patrocínio em lives, uma forma de se aproximar e ter o dinheiro desse consumidor, sem falar em alguns nano eventos para formadores de opiniões e a mídia.

O desemprego impacta na cadeia produtiva e na renda, mas traz a necessidade das pessoas tentarem melhorar a sua empregabilidade ou até mesmo impulsiona a vontade/necessidade de empreender, seja com nenhum dinheiro ou até mesmo com as rescisões. 

Pessoas coerentes tentam se instrumentalizar para essas necessidades por meio de cursos, que podem não ser os mais longos como uma graduação, mas alternativas como uma pós, MBA, certificação ou minicurso, e, com certeza, não é somente uma publicidade que ajudará nessa decisão de gasto tão calculado. 

Um evento degustação pode ser decisivo para o ganho desse “aluno-cliente” ou até mesmo mailing para a sua área comercial.

As feiras que ainda não podem acontecer presencialmente – não consigo entender o porquê disso –  são um vetor de negócios importante para todas as indústrias. Se não podemos explorar esse F2F, que por ora não acontecem, se organizem as feiras virtuais e vamos de V2V.

Os espaços fortemente prejudicados, começam a alugar seus estacionamentos, campos, coberturas para estúdios de live, drive-in e outras tipologias que surgirem. 

Tem gente criando praça, parque, tirando teto para transformar o ambiente em espaço aberto e poder se enquadrar em situações factíveis de eventos, haja visto iniciativas que tilintam pela Europa e EUA, até os eventos in the sky estão no ar novamente.

Já falei isso anteriormente, com toda a loucura e dificuldade desse novo anormal, se existe um profissional que pode se adaptar e sobreviver é o profissional de eventos, então a frase: “Nem bom, nem ruim, muito pelo contrário” acho que combina mais com o que desejo e espero para nós. 

Se quiser pode trocar o título do artigo, eu deixo.  E ao desfolhear a margarida do futuro, faça você com que a última pétala, mesmo que dê “mal me quer” transforme-a em  “bem me quer” a decisão é sua.

 

*Título: Frase de Geraldo Eustáquio.