Experiência de Marca

A favor dos imperfeitos

O mundo tá com tanta gente foda, tanta gente de sucesso e com cada conquista gigantesca, que às vezes até nos sentimos menores.

O mundo tá com tanta gente foda, tanta gente de sucesso e com cada conquista gigantesca, que às vezes até nos sentimos menores.

É o efeito das mídias sociais onde todos são grandes vencedores, mas também dos papos de bar com colegas de mercado, que só têm coisas maravilhosas a contar.

Aí a gente, que é normal, vez em quando se pergunta onde tá errando. Não entende por que investe tanto nos projetos, e ainda assim vez em quando falha. Por que só a gente?

Um mundo com tanta gente de sucesso às vezes cansa. Ouvir histórias de gente que (outra vez) descobriu a roda, também. Ver pessoas bonitas, saudáveis, com tempo pra trabalhar, estudar e cuidar do corpo e da mente… é complicado.

Como todo mundo consegue?

Pois é. Não consegue! Este mundo onde o sucesso deve estar presente em todos os momentos não só é ilusório e artificial, como faz mal a todos. Caramba, errar é bom!

Não falo do papo de aprender com o erro, porque isso é manjado (apesar de correto). É errar que nos torna humanos, que nos faz ouvir mais que falar, agir com mais prudência e inteligência no futuro.

Aquele personagem perfeitinho da novela? Não curtimos, não. Queremos a Carminha, o Tonho da Lua, a Nazaré Tedesco. Não pelo que fazem de errado, mas por terem fraquezas que os tornam humanos.

Humanos que nem eu e você.

Queremos o Homem-Aranha que paga contas e perde o emprego, o Vingador que chora, o Batman que apanha e o Tom que vez em quando cai numa armadilha do Jerry. Queremos esses aí, que ganham, mas também perdem.

O mercado de trabalho, competitivo como é, e potencializado pela artificialidade das mídias sociais, corre o risco de nos deixar visualmente mais perfeitos, e, consequentemente, menos humanos. Humanos no sentido humano, mesmo.

Por que no fim do dia, só o que queremos, entre acertos e erros, é ser aquilo que realmente somos. Com vitórias e derrotas na medida certa.

 

Por João Riva.