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Semestre novo

O Comida di Buteco, agora se encerra o ciclo de 2019, com a premiação do Melhor Buteco do Brasil e já iniciamos os trabalhos para 2020...

Pois é, meio ano já foi…

Em muitas atividades, essa virada de semestre é como se fosse um fechamento parcial do ano, sem contar algumas empresas multinacionais que tem seu ano fiscal terminando agora. E quase a totalidade das empresas já começam seus processos de planejamento do(s) ano(s) seguinte(s).

Leia também: Vem do Pará o ganhador do Comida di Buteco 2019.

No caso da nossa empresa, o Comida di Buteco, agora se encerra o ciclo de 2019, com a premiação do Melhor Buteco do Brasil e já iniciamos os trabalhos para 2020… Aproveito este momento de conclusão de etapa para algumas reflexões sobre o que planejamos, o que atingimos e como corrigir e melhorar para 2020.

Em termos de metas, atingimos o que foi definido como target para os nossos principais KPI. Recorde de votos – 800 mil; 30 milhões de alcance de público nas redes sociais; 8 milhões de pessoas circularam nos 600 butecos participantes ao longo de um mês em todas as 21 praças onde o concurso aconteceu.

Isso em meio à perda de 8% dos estabelecimentos participantes por não terem conseguido sequer esperar o início do concurso e fecharam suas portas prematuramente.

O setor de alimentação fora do lar possui quase 1 milhão de players, sendo cerca de 40% destes informais, emprega quase 6 milhões de pessoas e  consome 25% da renda dos brasileiros.

Como todos os outros, vem sofrendo os efeitos da crise brasileira, mas considero que em meio a tantas dificuldades conseguimos avançar na nossa missão, que é TRANSFORMAR VIDAS ATRAVÉS DA COZINHA DE RAIZ – BUTECO COMO EXTENSÃO DE SUA CASA.

Dar visibilidade aos pequenos negócios familiares e ao mesmo tempo revelar ao consumidor histórias de vidas de famílias que tem a comida caseira como o seu DNA.

E 2020 ?

O que fazer para sermos melhores?

Além do analisar os resultados de forma crítica e em conjunto com a equipe e fornecedores, pensar de forma clara: Onde quero estar em 2020 e daqui a 5 anos? Quais as metas claras e mensuráveis? O que vai permitir chegar lá? Qual a estrutura necessária para isso e quem fará parte desta jornada?

E o que hoje vejo como mais importante: Como crescer sem perder a identidade?

Hoje todo mundo (o mundo que nos cerca, restrito à bolha) fala de gastronomia como se fosse uma vitrine essencial da vida, para compartilhar o tempo todo nas redes. Em termos de investimento das empresas, muitas delas têm a “plataforma” gastronomia como um pilar para investimentos, posicionamento… Todos os dias surge um novo evento, uma nova “experiência”…

O volume de iniciativas nesta área nos estimula a sermos cada vez mais centrados no que realmente é o nosso posicionamento e que vai nos permitir transcender todas as modinhas que surgem como tendência e rapidamente se transformam em um efeito manada onde não conseguimos mais saber o que cada um de fato agrega e deixa de valor para as marcas e para os consumidores. Até aí tudo bem, basta ser firme e não cair na tentação de sucumbir à próxima onda, mas e o futuro?

Para as empresas pequenas, que não tem como investir em pesquisas, mas que pensam grande e tem um compromisso consigo mesmas de melhoria contínua e resultados crescentes, como desenhar seus próximos passos?

É preciso abrir a mente e ouvir quem pode contribuir… na sua rede profissional, quem tem uma experiência que pode agregar? Convide para um workshop em que você apresenta seus desafios e dúvidas e cada um sugere formas de superá-los.

Pessoas de categorias diferentes mas que tenham visão de negócio. Vai demandar desprendimento da sua parte para mostrar seus números e da parte dos colaboradores que vão “doar” seu tempo para ajudar sua empresa. O quanto você vai investir nisso, depende da realidade financeira de cada um, mas pode ser uma maneira viável de ter opiniões diferentes, se você não tem como contratar uma consultoria.

Tivemos essa experiência e foi muito produtiva! Nos ajudou a definir alguns caminhos e agora vem o mais difícil: Implementar… Essa fase já levantou outras demandas, como estrutura, gente… Mas o principal é ter no máximo 3 projetos essenciais que de fato sejam implementados. Desta forma, você garante a execução daquilo que é relevante, sem mudar de foco e sucumbir às “modas” que todos vão querer te vender como fundamental para a continuidade do seu negócio.

Vamos em frente, fazendo nossa parte, independente da conjuntura!

E para não perder o costume, uma dica de leitura… Em tempos de reformas necessárias, é fundamental entendermos a história, exatamente para não perdermos o foco no que é essencial para o presente e o futuro:

Brasil: Uma Biografia – Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling.

 

Por Flávia Rocha.