Experiência de Marca

Mudar de assunto

Nesta vida de empreendedora, que abracei há doze anos e gosto muito, como em tudo na vida há coisas boas e ruins, óbvio; qualquer criança de sete anos de idade já sabe disso.

Nesta vida de empreendedora, que abracei há doze anos e gosto muito, como em tudo na vida há coisas boas e ruins, óbvio; qualquer criança de sete anos de idade já sabe disso.

Mas uma das coisas que mais me afligem é o medo de ficar obsoleto. Não apenas no sentido de o negócio perder relevância, mas de não entender como o mercado, a sociedade, os negócios e o consumidor estão funcionando.

Quando se trabalha em uma grande empresa multinacional, a informação vem por “osmose” … Pesquisas, consultorias e o próprio processo anual de planejamento já te deixam sintonizado com tudo o que acontece no mundo business.

Para não ficar para trás, o que fazer? Ir a palestras, ler bastante, ver vídeos, conversar com as pessoas, fazer visitas de benchmark, e, sobretudo, acreditar que quem está de fora sempre pode contribuir de alguma forma, com uma crítica, pergunta, sugestão.

E nessa busca por conteúdo, nos deparamos com os chavões que um dia foram tendência e que vão sendo disseminados indiscriminadamente até que viram um lugar comum.

Exemplos? Não aguento mais ouvir as palavras e suas variantes: disruptivo, empoderamento, propósito, influenciador, inovação, diversidade, startup… isso para falar os mais presentes.

Não significa que não acredito nos conceitos acima, mas incomoda todos os discursos mencionarem a mesma coisa! Às vezes acho que faltam resultados que ilustrem o quanto as empresas estão de fato realizando o que se propõem, e, sim, apenas divulgando uma carta de intenções recheada de iniciativas modernas e politicamente corretas.

Outro dia ouvi um executivo dizer que um conhecido nosso estava abrindo uma “startup de biscoitos” …  O que eu entendo como startup é uma iniciativa de produto ou serviço inéditos, que possa se tornar escalável, sendo muito frequente em tecnologia, mas não obrigatoriamente nesta área, sendo a tecnologia um meio para seu desenvolvimento. Bom, se a empresa de biscoitos for convencional, seja na produção ou na distribuição, não seria uma startup, mas apenas um novo negócio. Porém é “cool” falar que está participando de uma startup né?

Ganhar dinheiro, ter uma boa equipe, atingir as metas, conhecer muito bem o mercado, entender o consumidor, respeitar as pessoas, evoluir o negócio… Tudo isso é “velho”, mas nunca vai deixar de existir!!

Eu acredito que o que faz diferença e nos mantém vivos e atualizados é sempre estar com a cabeça aberta, ter humildade para aprender, perguntar, e, principalmente, fazer as conexões de forma ampla.

Uma empresa de serviços pode te dar um insight para uma nova ocasião de consumo do seu produto; uma palestra sobre moda pode te mostrar uma nova forma de recrutar e selecionar pessoas. Ler sobre um assunto completamente diferente da sua área amplia o frame.

Da mesma forma que você busca conhecer pessoas, negócios, oportunidades, não seja egoísta, fale também do seu negócio e procure dividir suas experiências e aprendizados com os outros – o ganha/ganha funciona para tudo.

E já que é para mudar de assunto, algumas dicas de livros e filmes sobre gente que mudou paradigmas de verdade e nos deixaram um legado, mesmo que não reconhecido no momento:

  • Filme: Suprema (sobre a 2ª mulher a entrar na Suprema Corte Americana).
  • Beethoven – Bernard Fauconnier

Até a próxima!

 

Flavia Rocha.