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Pavilhões nacionais são atração à parte na Expo Shanghai

A cada cinco anos, países e organizações internacionais submetem-se a participar da maior feira das nações periódica que se tem notícia. A Expo é um evento de caráter cultural e popular, que pauta discussões de interesse mundial. Busca e apresenta propostas de desenvolvimento e, é claro, intercâmbio cultural. É o terceiro maior evento internacional do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo.

A cada cinco anos, países e organizações internacionais submetem-se a participar da maior feira das nações periódica que se tem notícia. A Expo é um evento de caráter cultural e popular, que pauta discussões de interesse mundial. Busca e apresenta propostas de desenvolvimento e, é claro, intercâmbio cultural. É o terceiro maior evento internacional do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo.

Panorâmica geral da Expo Shanghai.

A primeira exposição mundial do gênero aconteceu em Londres no século XIX, mais especificamente em 1851, e visou apresentar ao público as últimas conquistas tecnológicas das nações. Desde sua gênese, já apresentava grande influência arquitetônica e o Palácio de Cristal londrino foi seu primeiro legado. A Torre Eiffel veio 38 anos depois, também fruto do evento.

O pavilhão do Reino Unido é composto de 60 mil tubos de acrílico translúcido que carregam sementes em suas extremidades e produzem efeitos quando o vento sopra. É chamado “Seed Cathedral” ou “Catedral de Sementes”, mas ficou popular pelo apelido de “Dente-de-Leão” devido à forma semelhante à da flor.

O ano de 2010 é o primeiro em que um país em desenvolvimento se comprometeu a sediar o evento. Por intermédio de canais diplomáticos, conseguiu com que 191 países e 50 organismos internacionais, incluindo ONGs, participassem. Não será apenas um recorde de participantes, mas também de visitantes: estimam-se entre 70 e 100 milhões.

O de Israel é basicamente uma forma arredondada que lembra duas conchas. Um dos lados é feito de pedra e o outro de vidro, simbolizando o diálogo entre a humanidade e a natureza.

A Expo Shanghai, que teve início no dia 1º/05 e encerra em 31/10, é a primeira a focar nas questões urbanas, pretendendo chamar a atenção global para o melhoramento da qualidade de vida nas cidades, além de promover as maneiras com que os países têm lidado com o desenvolvimento urbano e sua relação com a sustentabilidade. O tema deste ano é “Cidade melhor, vida melhor” e seus subtemas são: Diversidade Cultural, Prosperidade Econômica, Inovação Científica e Tecnológica, Reforma das Comunidades e Interação Urbano-rural.

No pavilhão do México, três grandes níveis mostram a evolução das suas cidades e as extensas áreas de grama natural incentivam o reflorestamento. A principal atração do pavilhão é a chamada “Floresta de Pipas” que convida o visitante a diversas atividades, como ler um livro, fazer um piquenique ou simplesmente descansar.

A China é considerada a maior economia em potencial da atualidade, além de um gigantesco mercado consumidor. O interesse global na Expo do país foi retribuído, visto que cedeu uma área de quase 6km² com uma infra-estrutura que conta com centro de convenções (o Expo Axis), praças, jardins, lojas, arenas esportivas, esculturas, cinco pavilhões centrais (o Urban Footprints, Urban Planet, Urban Dewellers, Urban Beings e Urban Dreams) e pavilhões corporativos, além de incentivo às nações para a construção dos seus próprios estandes.

Portugal: revestido de material reciclável e cortiça, o pavilhão reflete o conceito de sustentabilidade dos edifícios de suas cidades contemporâneas.

Cada país, ou grupo de países, é responsável pela edificação de uma grande estrutura para abrigar o conteúdo a ser oferecido aos visitantes. Os chamados “pavilhões nacionais” são localizados na área central da feira e, neste ano, exploraram diferentes aspectos do desenvolvimento urbano e suas características ligadas a cada nação.

China: o mais caro dos pavilhões, o “The Crown of the East” ou “A Coroa do Leste” lembra coroas utilizadas por líderes chineses antigos. Todas as províncias do país estão representadas em seu interior.
Polônia: seu pavilhão foi inspirado na arte folclórica de dobraduras e cortes de papel, conhecido como wycinanki. Pretende representar a interação da cultura do país e suas manifestações populares com as inovações tecnológicas.
Coreia do Sul: toda a estrutura, de arquitetura arrojada, é revestida com os 20 principais caracteres do alfabeto coreano.
Espanha: todo o seu exterior é feito de vime, um material biodegradável.
Islândia: o cubo é revestido de azul, em alusão às geleiras do país e nas quatro paredes e no chão acontecem, simultaneamente, projeções audioviduais que divulgam suas atrações naturais.
Austrália: a fachada do pavilhão é revestida de aço oxidado intencionalmente, para que o vermelho represente as regiões desérticas no centro país.
Dinamarca: a Expo Shanghai marca a primeira vez que a estátua “The Little Mermaid”, um ícone dinamarquês, deixa Copenhague. Sua arquitetura mostra sustentabilidade e soluções climáticas por meio do design.

Abrangendo uma área de 2000m² e criado por uma sociedade entre diversos setores do governo brasileiro com agências privadas, o pavilhão do Brasil consiste em uma construção metálica retangular revestida de pedaços de madeira entrelaçados inspirados no artesanato em palha, que remete ao folclore e ao lúdico universo popular. A cor verde é uma referência à bandeira nacional. Todas as características têm o objetivo de enaltecer a simplicidade do brasileiro e a abundância cultural da nação, originada da fusão de diversas raças.

Imagens: David Goss.

Fonte: obviousmag.org/archives.